Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas em Jurema.
Salve Umbanda. Saravá.
E com muito prazer que tenho assinado essa coluna no Jornal Aldeia de Caboclos, onde de forma simples o objetiva procuro dividir, multiplicando o conhecimento sobre as ervas, elementos naturais e a nossa amada religião de Umbanda.
Quero levantar um caloroso parabéns ao irmãozinho Engels e toda a família Aldeia por essa brilhante iniciativa que resultou nesse trabalho consistente e vital para a religião.
Formar pessoas não quer dizer apenas criar cursos e mais cursos e enchê-los de pessoas para justificar seus valores, é também levar informação digna de ser lida.
Temos vários veículos interessantes na nossa religião e sempre destaco o Jornal Aldeia de Caboclos pela competência e isenção, fatores indispensáveis para que sejam naturalmente aceitos e tenham permanência na vida dos leitores.
Conheço meus irmãos que tem essas iniciativas, e conheço seus propósitos, e se não fosse assim, não colocaria meu nome junto aos deles nessa empreitada.
Sucesso, saúde e muitos anos de vida para o Jornal da Aldeia!
Não canso de usar essa mesma frase e aqui ela cabe sob medida: As palavras encantam, mas os exemplos arrastam!
Falando sobre exemplos, é sempre bom lembrar que ninguém tem méritos em apenas criticar o trabalho alheio. Aqueles que se dedicam a isso, principalmente dentro dos seus terreiros devem lembrar que estão dando exemplos aos seus filhos e, se agora criticam os terreiros por onde passaram, e desonram as escolas de onde saíram, deveriam ter aprendido alem das práticas de terreiro também boas maneiras, ética e educação. Saibam que amanhã serão eles os alvos de sua própria semeadura.
Renovar é preciso e constante em nossas vidas. Não há nada de novo em religião já a alguns milhares de anos e se não fossem as renovações, com certeza não estaríamos por aqui.
Somos seres com capacidade de renovação, adaptação e ajuste conforme a circunstancia. Devemos seguir as leis vigentes e as regras de sociabilidade para que continuemos crescendo. É preciso que o ensino na Umbanda seja constante, que as coisas boas da religião sejam declaradas, senão estaremos condenados ao ostracismo de sempre. ( de ostra mesmo, fechado em si mesmo e isolado)
Muitas vezes somos criticados por mostrar o que fazemos, e por abrir, na forma de cursos o conhecimento sobre a religião.
Tenho a grata oportunidade de dar curso de ervas numa plataforma virtual de ensino a distância, onde alunos de várias partes do Brasil e do mundo (Portugal, Espanha, EUA, Japão) puderam participar, o que não aconteceria se fosse de forma presencial, ou se simplesmente a gente dissesse para eles que aprendam com seus guias e que ninguém pode te ensinar nada pois isso não é da Umbanda, essa coisa de ensinar não é da Umbanda e que pior ainda é pela internet que (só falta isso…) é coisa do diabo, etc…
Não vivemos mais nessa época e se quisermos ser uma religião forte, que as novidades tecnológicas funcionem a nosso favor.
Há de se filtrar muita coisa que é postada nos sites na internet, porque quando temos s disponibilidade e a velocidade da informação como temos agora, é obvio que de tudo vãos encontrar.
Use o bom senso, siga seu princípio racional.
Assim como um banho de ervas deve ser um processo agradável, pois e não for causará num primeiro impacto e principalmente para alguém que está iniciando na religião, uma verdadeira desmotivação.
A pergunta será a mesma: pra eu ser um religioso de umbanda preciso realmente passar por isso?
Somos cada vez mais críticos e assim é que devemos ser. Quanto mais estudamos e conhecemos a nossa religião menos ficaremos nas mãos daqueles que pretendem apenas colocar seu ego e vaidade a serviço de si próprios.
Questione seu dirigente com respeito, e se ele ou ela tentar impedir que você estude, questione-o mais uma vez. Sempre com respeito, pois isso não tem a ver com medo, mas com educação, questione os por quês de não estudar e aprender sobre aquilo que você tem com filosofia de vida para você e sua família.
Alias questione a si próprio se o seu dirigente inspira em você medo ou respeito natural, será muito saudável para ambos saber essa diferença.
Devo apenas ser chamado de macumbeiro, adorador do demo ou outras coisinhas básicas do gênero e ficar quieto pois, resignação e humildade fazem parte da nossa vida religiosa, ou posso sim aprender mais sobre aquilo que escolhi para mim como poder transformador e colocar a minha religião em palavras do coração baseadas num conceito racional e equilibrado para que assim, quem sabe, pessoas a nossa volta passem a nos respeitar cada vez mais, pois sabem que em cada um de nós há sabedoria suficiente para defendermos nosso ponto de vista e a religião que levamos no peito? Pense nisso!
Não há pessoas iguais e não há terreiros iguais em normas e procedimentos, pois são feitos em cima de pessoas e conceitos pessoais. O que podemos ter em comum é o propósito de estudo, entendimento e liberdade com bom senso.
Se o Caboclo que se manifesta no terreiro que eu freqüento fuma charuto e o seu fuma cachimbo, pouco importa, os dois estão corretos, pois se serviram do entendimento que nós dois damos à mesma coisa. O que realmente importa é que os dois venham fazer o bem, sem olhar a quem, sem rejeitar ninguém, e encontrem em cada médium um ser humano livre e capaz de oferecer sua capacidade mediúnica sem medo, com conhecimentos, habilidade e atitudes equilibradas para que o bem possa fluir em plenitude. Quem ganha é o consulente, somos nós, é a Umbanda, é a humanidade e o planeta.
Sucesso, saúde e muita alegria a todos!
Cor energética: verde cristalino
Orixás principais: Oxalá e Oxóssi