Salve turminha das ervas e do amor à Natureza.
Abordar a prosperidade nos rituais, magia e principalmente na Umbanda é um mito a ser desdobrado também. Muitos dirão que uma coisa não tem nada a ver com a outra, outros dirão que queremos comercializar a religião, enfim, ao negarem sua própria prosperidade espiritual, como querem fazer o bem ao próximo? Ou enxergam como sinônimo de prosperidade apenas dinheiro?
Prosperar é multiplicar o que já trazemos em nós, como convicções e propósitos. Mitos, conceitos e preconceitos são o que mais encontramos nesse caminho.
E como encontrar o caminho do meio? Como aliar o trabalho espiritual, a mediunidade, com a prosperidade?
Somos por definição seres prósperos. Seres humanos, cuja natureza é o bem. Aquele que não está no bem, é porque ainda não compreendeu isso.
Somos invadidos por uma torrente de informações motivadoras. Emails, propagandas, livros diversos sobre motivação e neurolinguística, e além de tudo isso, sobre oportunidades, prosperidade e sorte.
Há uma grande contradição que diz que a sorte bate apenas uma vez à nossa porta. Se isso fosse verdade, seriamos condenados eternamente à pobreza, falta de sorte e outras coisas mais, pois sempre estamos esperando uma confirmação das nossas intuições, ou das oportunidades que deixamos passar por acreditar que não estávamos preparados.
Senso de prosperidade não combina com ambição desenfreada. A oportunidade não perdoa uma rejeição contínua, e nem um apego escravizador.
Equilíbrio, bom senso, ética, valores, inteligência emocional e moral valem muito não só na busca, mas principalmente na manutenção da prosperidade e das oportunidades.
Pensamento positivo. Parece fácil, não é? Muitos acreditaram que após O Segredo (livro e filme), surgiriam milhares de novos ricos, pessoas mais felizes, enfim, não foi o que vimos. Aliás, o surgimento de uma “nova crise”, foi apenas o que ficou em evidência.
É claro que não atribuímos essa crise mundial a “O SEGREDO”. E é realmente muito difícil, principalmente para nós ocidentais, nos concentrarmos num objetivo, como a proposta do livro.
Eis as palavras: objetivo – propósito – meta.
Para quem não sabe o que quer, qualquer coisa está bem. Qualquer coisa é bem-vinda.
Lidar com os aspectos naturais da prosperidade é observar que a abundância está em toda a criação divina, basta que a gente se coloque nela.
No estudo teológico da Umbanda aprendemos que nossos Sagrados Pais e Mães Orixás são poderes da Criação Divina, manifestados religiosamente, naturalmente, espiritualmente, sincreticamente, etc.
O uso dos elementos naturais é um fundamento nas religiões naturais e na Umbanda, as oferendas também, sem dúvida nenhuma. Então o que falta para nós, praticantes de magia natural e umbandistas, para nos servirmos daquilo que temos a nossa mão, para alavancarmos vibrações que manterão nosso foco, estabilidade e força no caminho do sucesso espiritual e material?
Crise e oportunidade andam juntas. Se você apenas olhar para a crise, verá apenas crise.
Será que no conceito de amor e caridade da nossa filosofia de magia natural e Umbanda podemos ser bons apenas para os outros? É crime, pecado ou coisa parecida desejarmos prosperidade, oportunidade e abundancia para nós mesmos?
Vocês estão apreensivos com a crise, com a situação mundial? Acreditam que a sorte e a felicidade fugiram de vocês?
Estão errados! É preciso combater o desânimo, vencer a preguiça mental e física, persistir, não ligar para o possível e passageiro fracasso. Em vez disso, pensar no sucesso!
A necessidade é mãe da criatividade, e muitas vezes o trampolim do sucesso. O mundo mudou, e a maioria de nós continua os mesmos. No passado, os jovens queriam mudar o mundo, agora querem mudar de celular ou computador, comprar um tablet, enfim, querem reciclar.
Algumas ervas nos ajudam nesse processo de magnetizar vibrações que nos colocam em sintonia energética e vibratória com as oportunidades que levam á prosperidade e abundância.
Podemos citar aqui o Girassol, as folhas e frutos do Cafeeiro (café), a Canela, o Cravo da Índia, a Erva Doce, a Noz Moscada, o Louro, as folhas da Pitangueira (pitanga), as folhas e frutos do Romanzeiro (romã), o Abre Caminho e a Rosa Vermelha.
Sucesso, saúde e muita prosperidade a todos!
Louro – Laurus nobilis
Erva tradicional no uso nas culturas e religiões antigas, os gregos, e depois os romanos já a usavam como condimento nobre e símbolo do sucesso, da sabedoria, da iluminação e da glória. Expressões como “os louros da glória” ou mesmo “laureado” que indica alguém homenageado ou premiado, tem origem nessa cultura. Os atletas e guerreiros eram adornados com essas folhas quando voltavam vitoriosos de suas pelejas.
Essa erva de magnetismo atrator e material, masculina e forte por definição, é também associada à prosperidade. Indispensável nas celebrações de ano novo, é muito usada consagrada nessa ocasião e carregada na carteira durante o ano todo para que não falte dinheiro.
É realmente um imã de energia material, catalisando assim o desejo de progresso e crescimento.
Nós a associamos à vibração construtora, magnetizadora e iluminadora de Oxalá.
Energia leve, mas forte e potente na ação, pode ser usada em todos os preparos desse Pai Orixá, e nos preparos de todos os Orixás onde seja necessária uma ação intensa, de magnetismo firme e contundente para o propósito desejado.
Citamos energia masculina, pois traz firmeza de propósito, racionalidade e percepção reta, indicada como banhos e defumações para pessoas que viajam nas nuvens da imaginação e são pouco realizadoras.
Sinônimos populares: Loureiro, guacararaiba
Indicações ritualísticas: firmar o magnetismo de outras ervas, firmeza de propósito, atração material, prosperidade, energia vital masculina
Ação (verbos): iluminar, crescer, construir, incentivar, atrair, firmar
Cor energética: verde cristalino
Orixás principais: Oxalá e Oxóssi