Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas amantes da natureza e das suas manifestações!
Quem escreve, de alguma forma o faz para que quem o lê entender o que pensa e como vê o universo a sua volta. Seja um romance, ficção, drama, enfim, sempre reflete o que há no intimo do escritor, seu desejo de dividir, de compartilhar sentimentos, visões, percepções.
Fazer pensar através dessa troca é a nossa função, convidar o leitor a viajar nas linhas escritas e formar as imagens no seu “tubo televisivo cerebral”.
Mesmo que o assunto seja um banho de ervas, ao ler você se integra àquilo que está sendo desenhado e por percepção, “sente” a sua função, seu benefício. Isso aumenta consideravelmente a qualidade do poder realizador.
A imaginação é o dom supremo do ser humano. A nossa capacidade imaginativa transcende a criação a nossa volta. Isso pode ser bom ou não. Pessoas mal resolvidas, inseguras, ou mesmo mal-intencionadas, imaginam que as outras as desqualificam, perseguem, ou intencionam mal assim como fariam. Da mesma forma, e muito melhor, quando imaginamos o bem, esse se multiplica. Mas imaginar o bem, ou o mal, não é literalmente “fazer” um ou outro, mas a porta de entrada da inspiração, o apoio necessário, em termos energéticos, magnéticos e vibratórios para realizá-los.
Imagine-se numa mata… andando numa trilha, observe as árvores à sua volta, o cheiro da terra úmida, os raios de sol passando por entre as folhas, mas não aquecendo totalmente o solo. Sinta o friozinho da mata fechada. Sentiu? Percebeu? Sim, você está vivo! Essa é uma característica humana, pensar, imaginar…
Vamos então imaginar uma floresta, sem as tecnologias conhecidas, internet, redes sociais, buscadores digitais que tem todas as respostas… imaginou? Vamos visualizar uma aldeia e seus moradores. Índios não importando sua etnia ou forma de linguagem, mas imagine-os sem contato com esse mundo moderno e tecnológico. Adultos e crianças, homens e mulheres.
Há de se sobreviver da floresta, tirar dela o sustento, a alimentação diária, os remédios para os males cotidianos, seja da natureza vegetal, ou da caça.
Esses seres humanos tem as mesmas necessidades de todos os outros, saber quem são, por quê são, onde estão e para onde irão. Esse senso de religiosidade também faz com que pensem que há uma inteligência maior, um propósito acima dos seus anseios pessoais.
Crê-se em um Deus, ou um conjunto de Deuses, e para isso se criam referências, formas, arquétipos, cada qual com sua paridade, com sua semelhança.
Deus e Deuses que governam os ciclos e destinos, e que os (nos) ajudam a continuar, a evoluir continuamente.
De quantas plantas esses irmãos indígenas estão cercados? Qual a diversidade vegetal de uma floresta? Quantas plantas, ervas, elementos vegetais, são realmente úteis para sua sobrevivência?
Outras questões: quem os ensinou que determinada planta seria útil para determinada doença? A resposta natural é que os antepassados aprenderam e foram ensinando, naturalmente.
Ta bem, mas quem ensinou os antepassados? Como eles aprenderam, e com quem?
Sem a imaginação, a criatividade, nada pode ser inspirado, soprado aos ouvidos seja pelas divindades da natureza, seja por espíritos amigos, enfim.
Quem teve a primeira idéia de usar as folhas secas do tabaco para fumar? Ou quem em sã consciência uniria uma folha e um cipó e chegaria, após exigente preparo, a uma beberagem enteógena?
Queremos com esse pequeno exercício de imaginação e questionamento chegar à conclusão de que temos muito do que precisamos perto da gente, basta a gente ter paciência, tranqüilidade de espírito e ouvir a natureza.
Quantas ervas são úteis para nossos banhos e defumações? Quais as ervas que interessam para a manipulação ritualística? Precisamos conhecer hipotéticos trezentos tipos de ervas para nos beneficiarmos das bênçãos de mamãe natureza, ou um pequeno conjunto, aliado ao conhecimento bem embasado, coerente, ao alcance das mãos (e do coração), são suficientes?
Perdi a conta de quantos pontos de interrogação usei no texto até aqui, mas afinal o mundo é movido pelas perguntas e não pelas respostas…
Temos ervas clássicas para nossos banhos e defumações. Há ervas que conhecemos de forma empírica, natural mesmo. Só da gente pensar no assunto elas vêm à mente.
Arrua e Guiné são dois exemplos. Ao perguntar – Qual erva de descarrego você conhece? – A resposta para a grande maioria de nós seria essa: arruda e guiné!
São como feijão com arroz para a maioria de nós brasileiros!
Nosso convite também é para termos um pequeno, mas poderoso conjunto de recursos capazes de nos proporcionar limpeza espiritual, purificação, descarrego – aquilo que chamamos de ervas “quentes ou agressivas”.
Aqui posso citar as mesmas Arruda e Guiné, além de Casca de Alho, Aroeira, Erva de Bicho, Mamona, Pinhão Roxo, Quebra-Demanda, Dandá da Costa, Eucalipto.
Dá muito bem pra termos essas ervas no nosso rol de elementos de “magia”.
Algumas ervas clássicas, “mornas ou equilibradoras”: manjericão, alfazema (ou lavanda), alecrim, sálvia, boldo, erva-doce, melissa, samambaia, folhas de pitanga…
“Imagine” esse conjunto de ervas, e imagine que com ele dá pra fazer uma infinidade de preparos, específicos, genéricos, mistos, etc., etc., etc..
Mas se você imaginar que essas ervas simples, fáceis de encontrar, não são suficientes ou que você precisa de algo mais, uma erva raríssima que só ela vai tirar as demandas que só você consegue pegar… bom, aí não serão só ervas que resolverão, mas um bom tratamento comportamental para lidar com o ego.
Essas ervas foram apenas exemplos de que podemos fazer bastante com coisas simples, desde que nossa imaginação e criatividade funcionem a nosso favor.
É disso que somos feitos! É por isso que estamos aqui! Nossos guias espirituais incentivam nossa criatividade equilibrada o tempo todo, para que nós nos libertemos das amarras e do controle das mentes perversas.
Quer saber mais sobre essas e muitas outras ervas? Quer entender ervas quente, mornas e frias? Quer fazer seus próprios banhos e defumações e fugir das receitas mirabolantes que mais complicam do que ajudam? Então venham para nossos encontros presenciais e virtuais. Temos muito para conversar e alinhar conhecimento bacana, simples e objetivo, com suas necessidades e oportunidades! Todo mundo pode estudar!
Gratidão imensa e sempre, muitíssimo obrigado pelos seus momentos de atenção e criatividade lendo essa matéria!
Adriano Camargo Erveiro
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