E se você descobrisse que a história que te contaram não é verdade? Se de repente, por um momento, você parasse pra analisar, por si mesmo, qual o significado da vida?
A maioria chegaria à conclusão de que o mundo é como é, que as coisas são como são, e só nos resta “seguir o baile”.
Mas e você? Se contenta com o que todo mundo acha, concorda com o que a maioria pensa, ou tem uma inquietação aí dentro, que teima em querer encontrar uma razão maior para estarmos aqui?
Geralmente as pessoas fazem esse tipo de avaliação da vida diante de uma tragédia pessoal, quando se defronta com a morte ou alguma doença, e poucos se empenham em realmente obter as respostas.
Não que existam respostas absolutas, mas ao menos conclusões satisfatórias, que nos tragam certa paz.
Neste ano, mais do que nunca, estas questões pairam sobre as mentes dos habitantes, não apenas de um país, mas do mundo inteiro. E o que vemos é pânico, medo, negatividade ou simplesmente indiferença.
Os que têm medo e ficam imaginando o pior criam para si e para os outros uma densidade que só faz piorar as coisas.
Os indiferentes não conhecem o respeito nem o cuidado para com os outros, sem saber que o bumerangue da vida, como diz Sr. Tata Caveira, devolve cada qual o que ele mesmo um dia lançou…
Mas existem as almas inquietas. Aquelas que são movidas pelas perguntas, e não mais pelas respostas, e descobriram que somos muito maiores do que alcança nossa parca visão, doutrinada para nos avaliarmos sempre por baixo, incapazes, fracos, sem poder.
Alguém muito especial esteve aqui há mais de 2.000 anos, para nos mostrar do que um ser humano é capaz. Sois Deuses, ele disse, basta ter a fé do tamanho de um grão de mostarda.
Hoje, essa mensagem reverbera na minha alma, todas as vezes que incorporo na Umbanda, seja um Orixá ou um guia. Todas as vezes que eu falo com Deus e sei que Ele me ouve.
Pelo amor, ou pela dor. Triste frase. Seja amor ou dor, somos nós quem escolhemos, todos os dias. Poderia, ou melhor, pode ser diferente, depende unicamente de nós.
Falar é fácil, eu sei. Mas escolher a dor também é o caminho mais fácil, ainda que não pareça, simplesmente porque é o que conhecemos.
Ah, mas uma andorinha sozinha não faz verão…sim, ela faz, se quiser e tiver coragem suficiente para isso.
Se você sente vontade de mudar algo na sua vida, este é momento. Não sabemos o que o futuro pós pandemia nos reserva, então vamos viver de modo que, venha o que vier, estejamos bem.
Sem garantia alguma, eu arrisco afirmar que, quando isso “passar”, nada mais será como antes, e isso é exatamente o que precisa acontecer.
Umbandistas ou não, nossa humanidade nos iguala. Todos temos as mesmas emoções, os mesmos desafios. Todos travamos uma luta interna que oscila entre o acreditar e desistir, amar ou odiar, seguir adiante ou parar, fazer alguma coisa ou estagnar.
Neste ano, estamos todos em avaliação. O planeta passa por uma transição, e segue sua dança cósmica sem temer “coroa” alguma. E cabe a cada um de nós deixarmos para trás tudo o que nos limita, venda nossos olhos, ensurdece nossos ouvidos e nos impede de ouvir o chamado da Nova Era.
Este chamado nos convida a reivindicar nossos direitos como Filhos de Deus. Nos convida a buscar, dentro de nós, o dom que nos torna únicos e deve ser usado em benefício de todos.
Não se trata de prodígios nem de fenômenos, mas sim de agir com o coração. Se doar em favor de pessoas que você não conhece e provavelmente nem vai conhecer, mas vão provar dos doces frutos da sua decisão de fazer um mundo melhor.
A pior doença continua sendo a ignorância, e toda a cura continua sendo o conhecimento, e toda a liberdade que ele nos traz,
Axé!!!
Terreiro de Umbanda
Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas
e Mestre Zé Pilintra
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